Rotary Club de Vila Real

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Reuniões: 5ª feiras às 21:30 na Sede do Club

UCRÂNIA, UM DILEMA OU ENCRUZILHADA?

O Mundo assiste com expetativa e preocupação a todo um foco de tensões motivado pela hipotética invasão da Rússia sobre a Ucrânia.
Após ter realizado há alguns anos, a anexação da Crimeia, a Rússia mantém uma vontade indómita de exercer pressões militares de alto impacto, com grande jogo psicológico na atualidade, sobre um país soberano, tentando comprometer pela via da forca, os direitos legítimos dum povo, que deve poder democraticamente tomar as suas próprias decisões.
Os Estados Unidos e a União Europeia, tentam com os meios que têm ao seu alcance exercer pressão, seja ao nível político ou económico, sobre a Rússia, tentando por travão nesta atitude expansionista do governo de Putin.
Além da vontade da Rússia de alargar horizontes, sobre um Pais vizinho, está também em cima da mesa a questão manifestada pela própria Ucrânia de poder vir a fazer parte integrante da Nato, na linha do que fizeram os Países Bálticos, situação que os russos não pretendem que aconteça, de qualquer maneira.
Na sua atitude expansionista sempre presente, a Rússia, país de grande dimensão, com uma grande superfície geográfica, envolvendo ao longo da sua amplitude 11 fusos horários, tem sempre como ponto de mira a vontade de condicionar todos os países envolventes debaixo do seu manto “protetor”, o que não deixa de estar interrelacionado que desde final do sec. XX, com a desintegração da União Soviética associada ao fim da Guerra Fria, qué acentuou a vontade indómita de marcar a sua posição como potência mundial, reagindo a todo o tipo de pseudo ameaças, que na sua ótica, interfiram internamente duma forma ativa em termos de influência geopolítica regional e mundial.
No meio deste colete de forças, está a população ucraniana, homens, mulheres e crianças, que devem ser o foco primordial de atenção, os quais assistem duma forma incrédula a todo este jogo de forças, seja ao nível psicológico ou político, mas que a qualquer momento pode evoluir para uma intervenção militar de larga escala.
É urgente serem tornadas medidas, para travar esta escalada, elevando o nível de negociações e respetivas medidas de contenção porque ninguém, mesmo ninguém no Mundo, está preparado, para uma Guerra de grande impacto, com efeitos devastadores, no coração da Europa em pleno séc.. XXI.
Nos últimos tempos, neste pseudo jogo de xadrez político-militar-ecconómico, os diversos atores expõem os diversos argumentos no tabuleiro geopolítico, mas quem tem o direito de estar á  frente de tudo e todos, é a população da Ucrânia.
Alguns países da Europa e os Estados Unidos têm nos últimos tempos, retirado parte dos seus funcionários das embaixadas, em Kiev, aumentando o grau de intranquilidade, lançando ainda mais o receio natural sobre aqueles, que, duma forma impotente, enquanto população nativa, assistem a todo este cenário surreal.
O desencadear duma escalada militar, nesta zona europeia, deveras sensível, deve obrigar todos os governantes envolvidos, a que tomem medidas urgentes, para travar este putativo desiderato expansionista.
Para isso, têm de ser ativos nas negociações, com respostas práticas e definitivas, para que não se torne ainda mais famosa a música dum cantor português de nome CARLÃO, a qual se poderá́ adaptar a este período deveras sensível, se as medidas não forem implementadas.
O dia de hoje é o Dia D, porque amanhã pode ser tarde, neste caminho perigoso, o qual se pode vir a tornar numa das fases/épocas mais tristes da Humanidade, do séc. XXI.
In A Voz de Trás-os-Montes, Domingos Madeira Pinto.